segunda-feira, setembro 03, 2007

E PASSOU O PRIMEIRO DIA
Afinal, toda a nossa ansiedade não teve razão de ser. Pelo menos para já...
Lá fomos levar a Adriana ao colégio logo de manhã. Ela não estranhou nada, começou logo à procura de brinquedos para se entreter, lá se foi aproximando de outros meninos, sem grandes confianças e foi ganhando à vontade.
Eu e o pai ficámos por lá uns 20 minutos para ver como é que ela se ia ambientando. A determinada altura, a educadora distraiu-a com a rua e nós aproveitámos para sair. Talvez não seja a forma mais pedagógica para a deixar, mas se nos despedissemos haveria choro na certa. Ficámos do lado de fora a espreitar. Já tinha saído da janela e por lá andava na sala. Fomos à secretaria e antes de irmos embora disse ao Rui para irmos vê-la outra vez. Cruzámo-nos à porta com a auxiliar, que nos disse que ela estava lindamente.
Cerca de duas horas depois voltei lá para a ir buscar (estava a brincar num lavatório de apoio que têm lá na sala, sem água mas com muita tralha), porque não havia necessidade de a deixar todo o dia, sendo a primeira vez. Recebeu-me com um grande sorriso e um abraço e eu fiquei babada com o que ouvi dela. Que nunca tinha chorado, que esteve sempre bem, que tinha comido bem, que era super carinhosa e que ia fazer carinhos aos meninos que estavam a chorar... Enfim, só coisas boas!
Fiquei por lá mais um bocado e lá fui dando colo a alguns bebés que choravam. O primeiro dia não é fácil, realmente, para alguns deles. A Adriana revelou alguma ciumeira. Quando eu tinha alguém ao colo, queria vir também. Lol.
Saiu de lá bem disposta, disse adeus a todos, deu beijinhos à educadora e à auxiliar e à saída já vinha de mão dada com uma educadora de outra sala, que "atravessou" o nosso caminho.
Ao longo do dia fomos-lhe falando da escolinha, perguntando se queria ir ver os meninos e ela sempre riu, sempre manifestou vontade disso.
Amanhã é outro dia, e o que valeu para hoje pode ser diferente amanhã. Vamos ver. Amanhã vou buscá-la depois de almoço.

sábado, setembro 01, 2007

ALGUMA ANSIEDADE
Segunda-feira, a Borboleta lança-se num novo voo. Uma nova experiência está prestes a ter início. A entrada no colégio.
O colégio está escolhido desde Abril e desde essa altura sabiamos que este dia ia chegar. Estamos confiantes de que a vamos deixar num bom lugar, onde será bem tratada e onde se preocuparão com com o seu bem-estar e desenvolvimento. Ainda assim, não consigo deixar de estar um pouco ansiosa.
A ideia é, no primeiro dia, deixá-la lá apenas duas ou três horas para se começar a ambientar. Mas o que realmente receio é o choro, quando se aperceber que vai ficar sem nós. Quero ver se consigo não lhe passar essa ansiedade, mas... Não sei bem como vão ser as nossas reacções. Descansa-se o facto de ela gostar muito de crianças e a possibilidade de se entreter com elas.
Vamos ver como corre. Para já temos um pequeno problema: as borbulhas na cara da Adriana. Estão a secar, algumas já quase não se vêem, mas podem "assustar" o pessoal quando chegarmos ao colégio na segunda de manhã. Ainda por cima não temos um atestado. Não sei se ficarão convencidos com a nossa palavra. A ver vamos.

domingo, agosto 26, 2007

POR ONDE ANDÁMOS NESTES ÚLTIMOS DIAS
Foi a este Hospital (de D. Estefânia) que fomos duas vezes desde sexta-feira.
Na sexta fomos, como tinha referido, à consulta de alergologia, por causa da tal alergia da Adriana ao ovo. Foi uma manhã e um início de tarde com momentos bastante chatos.
Passo a explicar: a consulta iniciou-se com algumas perguntas da praxe, para completar o historial clínico da Borboleta. Adorou a médica e foi sentar-se ao colo dela. Fez a consulta toda lá sentada, a escrever num bloco que ela lhe deu. LOL. De seguida fomos encaminhados para a sala de enfermagem para se fazerem os testes das alergias (que consistem, para quem não sabe, em aplicar uma gota de diversas substâncias no braço da pessoa e fazer depois uma picada em cada uma delas, de forma a que penetrem no organismo para se observarem as possíveis reacções). Neste momento, fomos acompanhados por duas enfermeiras espectaculares que, durante todo o processo, cantaram/contaram algumas histórias à Adriana, para a distrair. A verdade é que, espantada com tudo o que estava a acontecer, ela mal se queixou. Ouvia e observava tudo e resmungou apenas no momento das picadas, mas de forma bem moderada.
Passados os 15 minutos necessários à reacção de cada substância no organismo, confirmou-se a alergia à gema e à clara do ovo. Ouvimos as recomendações que já antes tinhamos ouvido: não lhe dar ovo, de forma nenhuma, nem cozinhado, nem em bolos, bolachas, afins... Completamente banido da alimentação da nossa filhota.
Depois disso e antes de irmos embora, havia ainda duas coisas a fazer. E bem complicadas! Bem, voltámos à sala de enfermagem para que finalmente fosse dada à Adriana a VASP (vacina que é normalmente tomada aos 15 meses e que estava, portanto, em atraso), que devido à alergia deve ser ministrada em ambiente hospitalar. Aqui houve choro. Durou pouco, mas foi sentido.
Pior que isto foi termos de ir ainda às Urgências para fazer recolha de sangue para perceber, quando lá voltarmos em Janeiro, os níveis da alergia. Tal como aconteceu da primeira vez que passámos por isto, não foi nada fácil... Pelos vistos, a Adriana tem as veias muito finas e basta mexer-se um pouco para que se percam. Resumindo, minutos intermináveis num braço a tentar apanhar uma veia, sem sucesso. Paragem para a acalmar, porque chorava desalmadamente, com as lágrimas a correrem em fio. Nova tentativa. Desta vez, com outra enfermeira que foi mais certeira, mas que a fez chorar na mesma. Como é natural.
Quando de lá saímos estava estourada e adormeceu assim que entrou no carro. Mas se pensam que a tortura tinha acabado estão bem enganados. Fomos informados que se ela não tomasse naquele dia a outra vacina que deveria ter tomado aos 15 meses (Meningite C), só poderia fazê-lo daqui a 4 semanas. Como está prestes a ir para o infantário, não quisemos arriscar e fomos com ela ao Centro de Saúde. E foi esse o último momento de tortura. Para um dia, não está mal! Coitadinha...
A segunda ida ao Hospital aconteceu ontem e deveu-se ao facto de estarem a aparecer à Adriana, desde quarta-feira, umas borbulhas no rosto que se têm vindo a alastrar. Na sexta tinhamos perguntado ao alergologista o que é que ele achava. Deu-nos um nome técnico e traduziu para uma reacção a uma picada de insecto. Recomendou muito creme hidratante.
Sábado de manhã tinha ainda mais borbulhas. Fomos tomar o pequeno-almoço com os padrinhos e parecia que elas (as borbulhas) saltavam a cada instante. Mesmo podendo não ser nada de grave, resolvemos ir ouvir outra opinião depois do almoço e lá fomos os cinco (com os padrinhos) até ao Hospital. A médica que nos atendeu corroborou o que se já nos tinha sido dito no dia anterior, mas receitou-nos um anti-histamínico, que a Adriana já tomou duas vezes. Hoje não tivemos borbulhas novas e as que já existiam parecem estar a começar a secar. Espero que sim.
Hoje ficámos por casa, para descansar desta "agitação" toda. Claro que nenhuma destas situações é grave e ainda bem. Mas ainda assim são os nossos "dramas".

quarta-feira, agosto 22, 2007

ESTAMOS DE VOLTA!!!

Não vale a pena desculpar-me ou tentar explicar a minha ausência. Enfim... Vamos às novidades!

A Adriana está ENORME e a crescer desalmadamente. É chocante ver fotos dela de há três meses atrás, por exemplo. Então este mês... Parece que cresce todos os dias. E depois são todas as coisas novas que ela aprende diariamente e a forma como se comporta connosco e com os outros...

Sempre achei que desde cedo começou a evidenciar uma personalidade bastante definida, (consequência, provavelmente, do desejo que sempre tive de ter um filho Carneiro - e esta, ainda por cima, tem ascendente em Leão, LOL), mas nas últimas semanas tem andado impossível! Está sempre a experimentar-nos, se lhe ralhamos, franze a testa amuada, mas logo a seguir ver dar miminhos para fazer as pazes, para logo de seguida tentar novamente aquilo que tinhamos proibido. Brinca muito, mas pouco com os brinquedos dela. Quer é abrir armários e tirar panelas, caixas...

Continua a comer bem, mas está um pouco mais esquisita. Por exemplo, fruta continua a comer praticamente só aquelas que come desde o início. A grande novidade, em termos de alimentação, é a descoberta de que é alérgica à clara de ovo. Desde que a introduzimos, aos 12 meses, que vomitava. Parámos e tentámos novamente aos 15. Mesma reacção. Fizemos análises (o que se revelou uma experiência bastante má) e lá se confirmou a alergia. Vamos voltar a fazer esta semana.

Resumindo, está a crescer lindamente, sem problemas de maior.

Já fomos e já voltámos de férias. Este ano fomos uma semana aos Açores, com os avós maternos. Tinhamos algum receio das viagens de avião (fizemos três porque visitámos duas ilhas), mas correram lindamente. Algum choro e cansaço na de regresso, mas nada que não se aguentasse. LOL. As fotos vêm de seguida.

Já cá, a Bomboquita passou quase duas semanas perto de Castelo Branco (três dias sem nós), na terra dos avós. Voltámos a Lisboa e foi uns dias para casa dos outros avós, que morriam de saudades. Agora estamos em casa. Desde dia 30 de Julho, esta é a terceira noite que a Adriana dorme em casa. Anda muito saída da casca, esta minha filha.


quinta-feira, julho 26, 2007

COM ALGUMAS SEMANAS DE ATRASO...


A minha querida Susana desafiou-me, e desde esse dia me cobra, para que respondesse a um desafio literário. Para quem gosta de ler, poderia parecer à partida uma "tarefa" fácil. Pois não é!
A ideia é escolher cinco livros (apenas cinco) que façam parte da história da minha vida.
Eis a minha escolha, sem ordem de preferência:
O Homem, Oriana Fallacci - a história de um preso político contada, por uma jornalista que era também sua companheira. As condições desumanas em que esteve preso e o isolamento a que o impuseram marcaram profundamente a minha adolescência.
Cem anos de Solidão, Gabriel García Márquez - a história da família Buendía, na cidade de Macondo, ao longo de uma série de gerações. O enredo é brilhante porque torna as personagens quase reais. Às tantas, parece que as conhecemos... Os temas são tratados com uma doce naturalidade. Muito bom!
Capitães da Areia - Jorge Amado - a vida de um grupo de jovens brasileiros abandonados, que faziam do furto a sua forma de subsistência e de sobrevivência. "A violência, sempre presente no quotidiano destes jovens que vivem do roubo, tem o seu contraponto na amizade que os une e nos momentos em que, extasiados, ouvem, como qualquer criança, histórias de aventureiros, de homens do mar, de personagens heróicas e lendárias…"
Criação do Mundo, Miguel Torga - quem conhece Torga sabe que quaisquer palavras por ele escritas (prosa ou poesia) são belas, porque retratam fiel e inocentemente a natureza humana. É o que acontece nesta "Criação", onde se percebe a profunda ligação à noção de terra e família.
A Sombra do vento, Carlos Ruiz Zafón - livro lido mais recentemente mas que me "prendeu" como há muito nenhum outro o fazia. Qualquer amante de livros e de literatura gostaria de viver a história do jovem Daniel Sempere e de resgatar do "cemitério dos livros esquecidos" um que pudesse fazer voltar a viver. A história desenrola-se a partir daqui e muita coisa acontece. O que está sempre presente é o factor surpresa, pois nada é como nós (leitores) imaginamos. É um livro brilhante!
Para além destes cinco, ficam mais duas referências:
O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarner
Equador, Miguel Sousa Tavares
Deixo o desafio para quem quiser encará-lo. LOL

quarta-feira, maio 23, 2007

NOVIDADES DA ADRIANA
Está cada vez mais autónoma e senhora das suas vontades.
Anda cada vez menos cambaleante e mais firme nas suas pernitas.
Não quer estar na cadeirinha de comer, se não for para comer.
Adora o cavalinho e a mesinha de actividades.
Come lindamente a sua refeição, mas depois não pára enquanto não lhe damos do nosso comer.
Não dorme nada (ou muito pouco) durante o dia.
Aprendeu a dizer INÉ (Inês), por causa de uma miúda com esse nome, que aparece num programa da tarde que dá na tv.
E dança como ela, balançando as ancas de um lado para o outro.

segunda-feira, maio 21, 2007


14 MESES


Não quero que passe em branco, porque és cada vez mais gente, por és cada vez mais independente, porque tens uma personalidade cada vez mais definida, porque a cada dia que passa nos entendes melhor e te expressas mais claramente, porque cresces a olhos vistos e porque te amamos muito.


PARABÉNS, LINDONA!